28/02/2011
Fiz um experimento neste final de semana e tentei, ao máximo, assistir trechos da programação de TV aberta das três principais emissoras do país, Globo, Record e SBT, e, confesso, me sinto um herói por ter sobrevivido a essa prova de fogo, que aliás, poderia ser usada como prova de resistência no BBB ou até pelo Survivor americano, seria super chique e quase ninguém resistiria.
Porém, sem mais delongas, vamos aos comentários da programação por emissora, começando pela Rede Globo, a única que dá algumas boas oportunidades que, mesmo assim, não são tão aproveitadas. O Caldeirão do Huck, no sábado, já foi um baita programa, mas entrou no piloto automático faz tempo e, sem nenhuma espécie de inovação criativa, nos faz assistir as mesmas coisas e ver um apresentador que, em alguns momentos, parece estar completamente desmotivado. Também, pudera, seu programa já atingiu o máximo que poderia e não tem mais potencial para caminhar a lugar algum.
Esquecendo as três novelas, a seguir, a emissora nos apresentou um BBB chato e sem graça como, aliás, vem sendo todos os sábados. O programa de sábado já foi bem maior e com festas ótimas, porém, nesta edição, o bom da festa tem ficado para as madrugadas e, com um início monótono, a direção acaba bem rápido. Em seqüência, o péssimo Zorra Total, outro programa que já foi bom um dia, mas perdeu seu rumo e não consegue mais produzir bons quadros de humor.
Os domingos da Globo são tão ruins quanto de qualquer emissora. Logo depois do almoço já começa com o Esquenta, um programa promissor e que começou muito bem, mas vem sendo pessimamente editado e isso prejudica bastante o ritmo do programa e cansa o telespectador. Os filmes escolhidos quase sempre cansam qualquer pessoa e, o Faustão, faz tempo que anda precisando de novas idéias e um rumo para seu programa que, apesar de não explorar a miséria humana e manter o bom gosto, ficou meio que preto e branco, enfadonho. Fantástico segue salvando as noites de domingo ao lado do próprio BBB.
Pela Record, temos no sábado a seqüência chata de filmes durante a tarde que ninguém quer ver, isso se dá a pura preguiça da direção da emissora em pensar num programa interessante. Em seguida, vem O Melhor do Brasil, programa de Rodrigo Faro que, já viveu seu auge e, há muito tempo segue com os mesmos quadros e tenta sobreviver com as performances do apresentador, outra coisa que já cansou faz tempo. O programa tem sido muito chato. Para fechar as noites de sábado, Legendários, aquele programa que não é de humor, não é jornalístico, não é nada. É só ruim mesmo.
Aos domingos, a Record extrapola a capacidade do mau gosto e já começa com Tudo é Possível, atualmente o pior programa da TV brasileira, de um mau gosto que impressiona, com uma apresentadora completamente deslocada. Quadros que irritam pela quantidade de bobagem e que só é visto mesmo por quem adora essa coleção de bizarrices. Programa do Gugu segue o mesmo estilo, com o diferencial de tentar ser jornalístico e, como isso é só uma piada, é melhor nem comentar, deixa só o programa ser ruim mesmo. Por fim, Domingo Espetacular que há muito tempo deixou de ser jornalístico para virar uma mistura de nada com coisa nenhuma.
E o SBT? Ah, o SBT. No sábado vem com o Programa Raul Gil, programa tão inocente, tão “puro” que, às vezes, dá sono assistir. Não é que o programa seja ruim, mas, além de ser absolutamente cafona para os padrões atuais da TV brasileira, ele é completamente robótico, ensaiado, sem nada de diferente, às vezes cansa. A partir daí a emissora segue com a programação normal de sua faixa nobre que, seja sábado ou em qualquer dia, já enjoou faz tempo.
E os domingos que sempre foram sinônimo de SBT? Foi-se o tempo. O Domingo Legal, de Celso Portiolli, é tão, mas tão ruim que, em alguns momentos, é tão constrangedor assistir que o ideal é manter a tv desligada. Ou se explora a miséria humana ou abusa dos longos vídeos que, até hoje, ninguém sabe para que serve. Em seguida vem Eliana, único programa no estilo que ainda é aproveitável na TV brasileira. Ainda que tenha perdido o foco, esteja sem identidade, seja monótono e cansativo, Eliana ainda é a melhor opção de domingo para qualquer telespectador. O Programa Sílvio Santos fecha a noite do mesmo jeito que era ha 30 anos, ou seja, programa que não muda, velho e que cheira a poeira, um museu seria um lugar ideal para o formato que, só funciona ainda, graças a capacidade incrível de Sílvio Santos como animador.
Um conselho: saia de casa nos finais de semana, economize energia e deixe a TV desligada. Você não vai perder nada.
Tvxtv- Daniel Cesar
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