Autor investe em personagens gays em “Amor e Revolução”, novela do SBT


Marcela, a advogada lésbica vivida por Luciana Vendramini, não será a única personagem gay de “Amor e Revolução”. Chico (Carlos Thiré) é um diretor de teatro bissexual que ao longo da novela se apaixona pelo hippie João (Paulo Leal). “O Chico não assume que também gosta de rapazes, mas quando bebe começa a querer beijar os colegas”, diz o autor.
Carlos Thiré, que interpreta o diretor de teatro bissexual chamado ChicoErnando Tiago, o torturador Fritz que vai se apaixonar por ChicoLuciana Vendramini (esq.), cuja personagem se apaixona por sua amiga de infância
No núcleo dos estudantes que se envolvem na guerrilha, os personagens lembram a música “Flor da Idade”, sucesso de Chico Buarque na época: Marta (Dani Moreno), uma assaltante a bancos, ama Bete (Natália Vidal), que ama Luís (Élcio Monteze), que ama Marta, fechando a ciranda.
Mas o personagem mais controverso será Fritz (Ernando Tiago), um “carrasco nazista” que só consegue sentir desejo por mulheres em situações violentas. Santiago promete uma grande virada quando o torturador se apaixonar por Chico. O diretor de teatro vai para a cadeia e tornar-se alvo de suas torturas.
“Os gays fazem parte do nosso convívio, toda família tem. E o público GLS gosta de se ver retratado nas tramas”, diz Santiago. Mas as histórias não seriam um pouco pesadas para o público do SBT, acostumado a histórias mais adocicadas? “Até agora, tive ampla liberdade para escrever. Nossa classificação indicativa é de 14 anos, e não fizemos nenhuma cena que possa ser considerada ofensiva. Mas é a resposta da audiência que vai condicionar o desfecho de cada personagem”, explicou o autor.
Uol Televisão

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