No começo da temporada de um programa de calouros, os anúncios das inscrições são escancarados para quem quiser participar e com o seguinte enunciado: “Se você tem algum talento CANTANDO se inscreva na seleção nacional do programa Ídolos da Rede Record”. Pessoas do Brasil todo se juntam em ginásios, ou em campos de futebol para se inscreverem e mostrarem o melhor de si ou o pior de si para todo o país.
Antes da “honra” de passar pra próxima fase, cada candidato é minuciosamente selecionado e passa por uma rígida bancada de jurados, até ai nada fora do normal, um programa de calouros que quer escolher um novo Ídolo pro povo Brasileiro. Até ai!
Mas que vemos durante as terças e quintas feiras no fim de noite não é um simples programa ou um celeiro de novos talentos é uma atração que gosta de ganhar a audiência no sensacionalismo, baseado nos American Idols da vida, a bancada de jurados tem sempre a mesma formação teatral: Um bonzinho, um morninho (nem quente, nem frio) e um carrasco. O que mais impressiona e me deixa com uma questão por alguns instantes: Ou o tal do carrasco tem aquele jeito mesmo ou o candidato além de não ter talento não tem moral e vergonha pra passar um vexame daquele na frente de toda a federação? Dá uma sensação de coisa montada de um circo armado pra fazer a população rir e sentir uma pontinha de “vergonha alheia” do pobre candidato sendo pisoteado por alguém que ele mal conhece.
Porém, não posso ser injusto com quem tem talento, inclusive muitos têm talento, mas coitados desses seletos candidatos, se esforçam, conseguem nos fazer arrepiar em alguns instantes e dão tudo de si, dá pra ver da tela da televisão que estão cantando com a alma, mas aquele momento de emoção passa e enfim o programa chega à grande final, um espetáculo, quase 2 horas acompanhando o programa até que se anuncia o novo Ídolo brasileiro. Uau! 1 mês se passa e não sabemos nem como está o pobre do infeliz que teve que superar milhares pra ver os seus CDs sendo vendidos a R$ 9,90 no comercio popular.
Portanto, com isso tudo só dá pra tirarmos uma lição: O programa é feito para entreter a camada popular brasileira somente na fase em que o candidato passa pelo “corredor polonês” de jurados, porque logo após, o programa passa a ser mais um programa qualquer de calouros e a população assiste com um sorriso no rosto, mas já pensando na primeira fase da temporada seguinte.
Em homenagem a Susan Boyle, sorte a dela não ter passado pelo programa da feliz nação brasileira.
RD1
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