Record e SBT também ensinam a poderosa Globo

21/02/2011

Quem disse que uma emissora tradicional, atual 3ª maior Rede de Televisão do Planeta e detentora de praticamente todas as exclusividades do país não pode aprender com suas concorrentes menores? Pode e aprende. Ao menos é a lição que ficou aos telespectadores que assistiram ao Big Brother Brasil neste domingo.
Quantas vezes crítica e público – e este blog também – reclamaram por longas e longas horas de debate da postura da Record e do SBT no que concerne a falta de respeito junto ao telespectador? A chamada grade voadora de ambas irritavam a tal ponto deste espaço sugerir que o público abandonasse-as e passasse a assistir exclusivamente a Rede da família Marinho.
Qual a minha surpresa quando, neste domingo, sabe-se lá o porquê, a Rede Globo decidiu adotar postura semelhante a de suas concorrentes. Se no site da emissora, estava previsto para que o Big Brother Brasil começasse às 23h00, o programa foi ao ar às 23h25, numa total falta de respeito para com os fãs do Reality e também para com o público do Fantástico que ficou por 25 minutos esperando o programa encerrar para ir dormir.
É bem verdade que a Revista Eletrônica começou atrasada também, já que o Domingão do Faustão atrasou toda a sua programação devido a homenagem prestada ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno que ocupou os primeiros 45 minutos do programa – e vale lembrar que o futebol também atrasou em virtude das cobranças de penalidades máximas na partida semifinal da Taça Guanabara entre Flamengo e Botafogo – ainda assim, nada justifica.
Era necessário que o Domingão do Faustão ficasse quase 30 minutos exibindos as repetitivas vídeo-cassetadas? Ainda mais com o apresentador parando toda hora para fazer algum tipo de comentário. Ainda assim, era necessário que o Fantástico exibisse na íntegra todas as suas reportagens? Incluindo aí, o tempo gigantesco dedicado ao futebol que poderia ser facilmente diminuído.
Não importa como ou onde, era necessário haver edição destes programas para que o Big Brother Brasil pudesse começar no seu horário normal ou, no máximo, com 10 minutos de atraso, como acontece algumas vezes. É intolerável que o programa de maior repercussão nacional no primeiro trimestre do ano em seu segundo dia mais importante – dia de formação do paredão – entre no ar às 23h25 e o Paredão seja formado às 0h15 minutos já de segunda-feira.
Será que os executivos da Rede Globo acham que o público deste tipo de programa não trabalha? Onde está o respeito com o telespectador que, bem ou mal, é quem garante a audiência e, consequentemente, o lucro da emissora? Lamentável esta postura.
Daniel César Tvxtv

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