Poeta e jornalista Reynaldo Jardim morre aos 84 anos

03/02/2011
Morreu na madrugada da terça-feira (1º), em Brasília, o jornalista e poeta Reynaldo Jardim, aos 84 anos, após o rompimento de um aneurisma. Amigos e familiares se reuniram ontem no Teatro Nacional de Brasília para o velório, onde cantaram sambas em homenagem ao jornalista.
“Foi um pedido dele antes de morrer: ‘não quero choro, só samba’”, disse a mulher de Jardim, Elaina Daher, que viveu com ele por 24 anos.
No início da carreira, Jardim foi redator das revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”, além de ter trabalhado em diversas rádios.
Nos anos 50, ele criou o suplemento dominical do “Jornal do Brasil”, que revelou diversos autores do país.
Após sair do “Jornal do Brasil”, em 1964, ocupou cargos como o de diretor da revista Senhor e o de diretor de telejornalismo da TV Globo. Jardim também foi o criador do jornal “O Sol” e participou da reforma gráfica de diversos jornais do país.
Como poeta, deixou livros como “Joana em Flor” e “Maria Bethânia, Guerreira, Guerrilha”.
Reynaldo Jardim nasceu em São Paulo, mas morava em Brasília desde 1983. A vida profissional do jornalista se dividiu entre o Rio de Janeiro e Brasília.
Além da mulher, Jardim deixou quatro filhos. “Em todos os projetos que trabalhou, ele sempre partia do princípio da página em branco. Era uma mente livre e incansável”, disse Elaina Daher.
Além de escrever, Jardim também gostava de artes plásticas –pintava e esculpia frequentemente.
“Era um homem que só falava de projetos futuros, não falava de passado, e tinha uma inquietação criativa muito grande”, disse Alison Sbrana, cineasta de “Profana Via Sacra”, documentário sobre a vida de Jardim.
O corpo de Reynaldo Jardim foi enterrado hoje, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
 Lula Marques – 18.set.2000/Folhapress
O poeta e jornalista Reynaldo Jardim
O poeta e jornalista Reynaldo Jardim
Folha Ilustrada


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